19 junho 2011

Post-it Zeliano

O tema deste verão: "Partimos à procura de sentido e descobrimos que há sentido na procura"

O sentido:

- Cada uma das cinco formas de receber sensações do mundo exterior disponíveis aos animais: ouvir, cheirar, ver, saborear, tactear;

- Significado: do que se diz, de fala, texto, frase

- Orientação: cima, baixo, esquerda, direita, frente, trás, lado;

- Adjectivo: triste, magoado;

-Expressão usada para colocar soldados em atenção;


A frase joga com a orientação e o significado… orientação numa estrada, caminho, projecto. Norte, sul, este, oeste.

Donde viemos (importa recordar caminhos, o que cantámos, como, onde, com quem, porquê), onde estamos (do presidente António Castelo ao novato Luís Monteiro; participantes), para onde vamos (para já em Agosto: campos, caramelos para eles!)!

O significado desta caminhada. Terá maior importância o caminho ou a chegada ou ambos!

Joga com a ideia de movimento e de como se constrói em cada um de nós. Um campo não é só 10 dias, é todo um conjunto de formas que cada um encontra ou escolhe para digerir um estado. Há quem esteja vazio, afastado do mocamfe todo o ano e quem monta tendas no quintal, onde dorme! Há o mocamfe dependente e independente.

Os temas de verão, resultam, mais ou menos, de como os directores se vêem implicados ou interessados neles. Da minha experiência, ou ganham demasiada importância ou não ligamos puto. O tema de verão, é democrático, podemos nem dar por ele como ser fulcral no nosso Agosto!


‘We don’t make mistakes, we do variations!’,

principíos de Maio lá para o centro de cascais, uma loja, uma montra cheia de postais, espelhos, bibelôs, tretas e tralhas para pôr na parede e estava lá esta frase, em inglês que é bem mais moderno e fica bem a um movimento de jovens todo e qualquer truque que potencie novidade…

Assim, falhar seja um vincar um caminho. Como, uma nódoa negra ou queda devem vincar curas ou reergueres!


‘Falho;

Falho de novo;

De cada vez que falho, falho melhor!’ (Samuel Beckett)



Fica sempre bem Jorge Palma:


Trapézio

Contamos segundos
Instantes escassos
Caímos mil vezes
Seguidas de abraços;
A dança é divina
Ela vive no ar
Ela voa sem asas
Não quer aterrar

É bom arriscar o salto,
Planar,
Sentir de novo emoção...
É tão bom
Saber que a morte
É falhar
Voar de encontro à tua mão

Aqui, no trapézio,
A rede é distante
O meu horizonte
É um braço errante;
Despimos as horas
Perdidos no espaço,
Entre o rugir de um leão
E o choro de um palhaço

É bom arriscar o salto,
Planar,
Sentir de novo emoção...
É tão bom
Saber que a morte
É falhar
Voar de encontro à tua mão.


Destas procuras conjuntas nos fazemos, mocamfinos!

Que muitos voos se façam já em AGOSTO!

A bem dizer, habituámo-nos a valorizar momentos fora do sui generis, ou muito bons ou muito maus, é fácil, encontrar nos nascimentos e novidades razões belas para começos, mas a estrada, até para ser boa não é só feita de bons momentos, importa vincar/valorizar os momentos feios para que não cheguemos a estradas banais de romances cor-de-rosa!

Nunca terão relevo simples rectas. Mais facilmente, as subidas e descidas!

A história nunca pode ser travada.

Os erros do passado devem ser recordados, tal como, as vitórias.

Amanhã o dia é melhor!

1 comentário:

P.D. disse...

Muito bom este post-it Zeliano! Ai de ti que pares algum dia de escrever!
Pedro Domingues, o Roque
:-)