30 junho 2011

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Falar do TCE (traumatismo craneo-encefálico)


Eu não serei muito a pessoa típica para falar sobre isto, sou estranho, atípico! Ou venham ter um acidente para compreender como vêem o mundo! Eu ganhei como que umas lentes, vejo melhor!

No dia 18 de Novembro de 2006 tive um grande acidente no regresso a casa, em Galamares, devo ter adormecido, ressuscitei, dei pela vida, e desde então, tenho recuperado, não falo e não ando.

‘É melhor ser alegre do que triste, alegria é a melhor coisa que existe’ (Caetano Veloso)

Digo vogais e vou aperfeiçoando onde toca a língua para as consoantes, faz uma ginástica a vossa língua!

Ando de cadeira de rodas, e agora quadripé ou andarilho.

Descobri o optimismo, entre o nascimento e a morte por aqui vou vivendo!

Hoje melhor que ontem e pior que amanhã. A batalha/desafio é melhorar porque d’os fracos não reza a história’ e ‘há males que vêm por bem’. Nietzsche disse que ‘grandes pessoas precisam de grandes embates como que para provarem que merecem existir’, estou muito vaidoso.

Tirei um tempo porque achava que não dava suficiente atenção à vida, chamo-lhe ESTÁGIO DE VIDA. Fiz um curso para assistentes sociais, sou técnico de política social, vim ver como assistir ao outro.

A verdade é que somos imensos. Um em cada dez pessoas teve um acidente ou sofreu de uma doença (normalmente AVC), vamos a um WC num centro comercial e há casas de banho para homens, mulheres e deficientes! Quando estes existem…

Ninguém se sente deficiente, a verdade é que lutamos dia-a-dia para sermos mais eficientes.

Acho que pouco se dá por nós. Temos que cair e levantar-nos.

Há imensa gente a trabalhar nesta área, profetas do futuro, que são pouco falados, escolheram passar a vida a ajudar o outro, é uma escolha bonita!

Olhem à vossa volta! Distraiam-se!


Ser pessoa

(Amélia Muge)

Todos os dias nasce uma pessoa
Todos os dias é dia natal
Ser fulano tal é já pessoa

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