... todos os dias escolhia um tom colorido para fazer traços leves na folha deitada sobre o cavalete montado ao canto do quarto defronte do espelho.
Era um trabalho giro: exercitar a imaginação, quase que podia voar.
O cavalete já tinha sido acusado de usurpador do espaço de quem ia fazer a cama: 'Arte? Parecem uns desenhos infantis, qual arte? E a AVD? Actividades da Vida Diária? Não é arte? Passas a dormir com a cama desfeita, vais ver!?'
E sujava-se/molhava-se todo... mas era libertador, fugia do mundo, era giro!
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