"Eu quero acompanhar o meu cantar vagabundo de todos aqueles que velam pela alegria no mundo" (caetano veloso)
25 abril 2009
25 de ABRIL e de MAIO e 26, 27 28...
O 25 de abril é um dia e são dias, meses, anos. É daquelas datas que se constelam, que estão antes de hoje, que hoje ecoam ainda, e que tremeluzirão no depois de hoje como a memória de uma outra possibilidade no conflito dos possíveis reais. Porque foi um processo de irrupção de imensas vozes e corpos no teatro da história tal como a fazemos. Porque foi um processo de transformação do nosso espaço-tempo e das nossas maneiras de habitar. Porque foi a liberdade e a democracia como emancipação. Porque foi a política como poiesis. E por aí, através do som e da fúria da vida histórica, passa um sentido que julgamos vislumbrar, um sentido possível para a frase "rico em méritos, é contudo poeticamente que o homem habita sobre esta terra", que vem em Holderlin" (M. Gusmão, Os Dias Levantados, 2002, p. 98
O Homem Da Gaita
(José Afonso)
Havia na terra
Um homem que tinha
Uma gaita bem de pasmar
Se alguém a ouvia
Fosse gente ou bicho
Entrava na roda a dançar
Um dia passava
Um sujeito e ao lado
Um burro com louça a trotar
O dono e o burro
Ouvindo a tocata
Puseram-se logo a bailar
Partiu-se a faiança
Em cacos c'o a dança
E o pobre pedia a gritar
Ao homem da gaita
Que acabasse a fita
Mas nada ficou por quebrar
O Juiz de fora
Chamado na hora
"Só tenho que te condenar
Mas quero uma prova
Se é crime ou se é trova
Faz lá essa gaita tocar"
O homem da louça
Sentado na sala
Levanta-se e põe-se a saltar
Enquanto a rabeca
Não se incomodava
A sua cadeira era o par
Pulava o jurista
De quico na crista
Ninguém se atrevia A parar
E a mãe entrevada
Que estava deitada
Levanta-se E põe-se a bailar
Vá de folia vá de folia
Que há sete anos me não mexia
Um percurso na história do pensamento pelos ditos dos grandes filósofos A filosofia é compatível com o humor? É possível aprender filosofia a rir? Neste hilariante livro, o leitor é convidado a uma deliciosa viagem pela história da filosofia e pelas vidas dos filósofos, em que se deparará com o mau humor da mulher de Sócrates, os sonhos de Maquiavel, as opiniões de Kant sobre o casamento, as desapiedadas observações de Nietzsche, a dedução lógica de Russell (de que ele e o papa são a mesma pessoa) e a agressividade de Wittgenstein de atiçador na mão… Aristipo dispôs que na lápide do seu sepulcro se gravasse a seguinte inscrição: «Aqui repousa quem vos aguarda». Quando um oleiro consultou Sócrates sobre o que fazer, se haveria de se casar ou de permanecer solteiro, Sócrates aconselhou-o: – Faças o que fizeres, vais arrepender-te. Na sua juventude, Santo Agostinho recitava esta prece: «Senhor, concedei-me a castidade e a continência, mas ainda não». Quando perguntaram a Madame de Staël como explicava que as mulheres bonitas tivessem mais sucesso junto dos homens do que as mulheres inteligentes, ela respondeu: – Porque há poucos homens cegos, mas muitos parvos.
‘todo o acto de inteligência é um acto de humor’ (bertand russel)
Hoje é 25 de Abril de 2009, viva um sentimento vivido!
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