04 abril 2009

pontapé numa groove

No dia em que o Zé bateu estávamos lá todos. Nem sempre conseguimos reunir-nos em festas de anos ou em reveillons... uns estão cansados outros chateados outros não têm dinheiro... mas no dia em que o Zé bateu estávamos lá todos e arranjámos maneira de nos juntarmos assim que a notícia nos gelou o sangue.



Eu e a Salomé estávamos numa reunião de fecho de edição de Dezembro: uma manhã de fim de semana em que nos apetecia tudo menos estar em Lisboa. Recebemos a chamada do Pires e pusemo-nos a correr para Belém.



Chegámos ao Bar do hospital e parecia que o Zé era cigano... a bem dizer acho que nem os ciganos arrastam tanta gente para os hospitais. Nem para o tribunal! A verdade é que ali éramos todos família! E sentíamo-nos todos com direito a notícias rapida e urgentemente. Bué de lágrimas secas nas caras, bué de abraços que te queríamos dar a ti e dávamos uns aos outros, a atirar para trás das costas qualquer diferença que tivesse surgido ao longo dos anos de amizade em torno de ti.



Porque a bem dizer, sabes que foste a cola que manteve o grupo unido sem merdas. Lembras-te quando estiveste na Alemanha? Pois a Salomé só dizia "deixa o Zé chegar que as cenas resolvem-se logo!". Não sei bem que cenas eram, nem que discórdias se geraram enquanto não estavas cá mas sabíamos que eras a solução.



Não sabíamos se íamos sequer voltar a abraçar-te, ou a falar contigo, ou a ver o teu sorriso despreocupado que ainda hoje se mantém, por mais que te preocupes com alguma coisa. E a verdade é que voltámos, e tu voltaste! E a certeza de que íamos voltar a ter-te foi melhor que a Carvalhesa na Festa do Avante! Yuhuuu!!!



Tás cá, tás fino e a melhorar como o vinho do porto, e lembro-me que acabaste o Jogo da Transformação antes do resto de nós ( o teu cartão de dom dizia qualquer coisa como "live your live, singing and laughing along the way").



Abraços cada vez mais de pé,

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