06 novembro 2011

continuo o que escrevi no dia 16.01.2006 que continuo hoje

Para os jotas

Quem nunca... entendeu as formas das nuvens.
Quem nunca escrevinhou no papel de mesa do café.
Quem nunca brincou com o chão.
Quem nunca atirou pedras do alto da falésia.
Quem nunca adequou músicas de que gosta ao que vive.
Quem nunca se entusiasmou pela ideia que teve.
Quem nunca se equilibrou na linha do eléctrico.
Nunca foi eu.

Escrito em papel de mesa de restaurante. Possível jogo para realizar com jovens, crianças ou adultos.

Quem nunca andou de cadeira de rodas.
Quem nunca agradeceu o sorriso.
Quem nunca disse que o mar dá força.
Quem nunca defendeu o tempo mesmo quando nos trata mal.
Quem nunca disse que há males que vêm por bem.
Quem nunca acreditou no tombo como força e reerguer.
Quem nunca acreditou que é preciso saber fazer o luto, chorar, estar triste para estar alegre de novo.
Quem nunca falou mal do morno e bem do a escaldar e do gelado.
Quem nunca teve os melhores pais do mundo.
Nunca fui eu!

1 comentário:

cristina disse...

quem nunca sentiu uma vontade cá dentro de andar em frente.
nunca fui eu.
nem tu.

(gostei muito deste post)

beijos