"Eu quero acompanhar o meu cantar vagabundo de todos aqueles que velam pela alegria no mundo" (caetano veloso)
23 setembro 2012
a raposa e o guanaco: São precisos rituais
são o truque para quando preciso de me animar: a raposa e o guanaco (o outro).
quando vêm sabes que é bom a vinda deles.
agora, de véspera já estou feliz.
é uma garantia sempre, entre sábados que foi e vêm tenho telefonemas matinais, 'cada dia, vais-te sentar mais perto...'.
hoje a raposa estava a banhos, a tratar do seu pelo sedoso.
atendeu o guanaco: 'o rudolpho não pode sair, está a chover, os animais não podem molhar-se...'
eu: 'mas a tia constipa-se'
o guanaco: 'a tua tia é a exceção que confirma a regra, os animais não podem molhar-se mas o pelo sedoso da tua raposa não é o de um animal qualquer.
levou tempo a criar!
sabes lá o que eu já esfreguei!?
limpa aqui, esfrega melhor, com mais força e gentileza zé, aquiii, isso!'
é um ritual semanal que me ajuda a crescer melhor:
'- Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? - Perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, - respondeu a raposa. - Tu vais sentar-te primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu olharei para ti com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, vais-te sentar mais perto...
No dia seguinte, o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, - disse a raposa. - Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.
E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei.
Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
- Que é um ritual? - Perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, - disse a raposa. - É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas.
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