26 dezembro 2016

se fosse fácil não tinha piada


Querida morte,

Tornou-se um hábito falar mal de ti mas tu é que tornas a vida apetecível: se nunca acabasse, se fosse imortal era chato. 

És um mal necessário... 

Claro, que podíamos fazer de ti e dos cemitérios salões de festas com muitas flores, muita gente, muitas mensagens... e fazemos mas falta música.

Chegar a ti, morte, deve ser um consagrar a vida conseguida/ultrapassada como quando chegamos ao fim de um trajecto nos congratulamos pela meta ultrapassada.
 
Ir ganhando vida e depois perdendo qualidades e capacidades torna o jogo divertido.

Tu és o 'há males que vêm por bem' no seu sentido melhor, mais perfeito!

Se não existisses viver tornava-se banal e a vida deve ser encarada não é como um direito mas é um privilégio.

Sem comentários: