16 setembro 2009

Alexandria

De CUBA pouco vi, muito senti. Havana é como árabe cheia de meandros e gente escura com rugas e mapas nas mãos. Os sentidos estão activos tentando colmatar o que partiu, foi ali e até já - a voz, cheiros se não senti, vi: um cheiro a gente e vida, um cheiro do outro, longe. O CIREN (centro hospitalar, deve vir nos guias turistícos junto com varadero...) é a aldeia da minha terra, com casas em quarteirões em ruas largas com árvores muito verdes, mangas, água, humidade, raizes e o pasqualito (cão amestrado).

o turismo é latente com tugas, argentinos, colombianos, venezuelanos...

Vivo arredado da vida, fechado do mundo, dependente, não gosto que tenham pena de mim, estou até algo vaidoso de tanta SEDE no bem viver.

Adriana Calcanhoto
Cazuza / Roberto Frejat / Denise Barroso / Arnado Antunes / Paulo Miklos

Idioma original: POR
Nossas armas estão na rua
É um milagre
Elas não matam ninguém
A fome está em toda parte
Mas a gente come
Levando a vida na arte
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Índio mulato preto branco
Miséria é miséria em qualquer canto
Todos sabem usar os dentes
Riquezas são diferentes
Ninguém sabe falar esperanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
A morte não causa mais espanto
O sol não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Cores raças castas crenças
Riquezas são diferentes
As crianças brincam
Com a violência
Nesse cinema sem tela
Que passa na cidade
Que tempo mais vagabundo
Esse agora
Que escolheram pra gente viver?

1 comentário:

Anónimo disse...

ui...mas em que ficamos? cuba cheira mal ou a gente e vida? fiquei intrigado com essa do cheiro! mais uma vez... é bom ler-te! melhor só ver-te!

Abraço muito grande,
Fred